1º Campeonato Gaúcho de Kata reúne quase 200 atletas no próximo sábado em Getúlio Vargas
- Andrei Nardi
- há 5 horas
- 2 min de leitura
Evento marca estreia oficial da Federação Gaúcha de Karatê Educacional (FGKE) e destaca papel formativo do esporte
Acontece no próximo sábado (31 de maio), em Getúlio Vargas, a primeira edição do Campeonato Gaúcho de Kata, organizado pela recém-criada Federação Gaúcha de Karatê Educacional (FGKE). A competição acontece no Centro Esportivo Municipal Ataliba José Flores, com abertura marcada para as 9h e entrada gratuita ao público. Quase 200 atletas, incluindo delegações de fora do estado, como Piratuba (SC), estão confirmados.
A FGKE foi fundada em 15 de dezembro do ano ado, com sede em Getúlio Vargas, e tem como um dos idealizadores Juliano César Volinski, o sensei Jota. A federação surgiu para descentralizar a gestão do karatê no estado, antes concentrada em Porto Alegre, e tem como foco principal o caráter educacional da modalidade. Segundo Volinski, o karatê é trabalhado como ferramenta de desenvolvimento humano, com turmas a partir dos 4 anos de idade e propostas voltadas à formação cidadã.
“A gente trata o karatê como uma ferramenta educativa. Queremos formar cidadãos de bem, não apenas atletas”, disse.
Competição serve como preparação para eventos nacionais
O campeonato deste sábado é disputado exclusivamente na modalidade kata, uma luta imaginária tradicional no karatê. Segundo Volinski, a opção por realizar apenas essa modalidade se deve à estrutura atual da federação, que ainda está consolidando sua equipe de arbitragem. A competição também funciona como preparação para futuras participações em eventos maiores, como o Campeonato Brasileiro previsto para novembro no Rio de Janeiro.
Além de atletas de alto nível, a presença de crianças e jovens é destacada como essencial pelo sensei. Volinski enfatiza que a participação em competições ajuda os praticantes a desenvolverem autoconhecimento, disciplina e autoconfiança, com reflexos positivos também no ambiente familiar e escolar. Psicólogos e neurologistas frequentemente recomendam o karatê como atividade complementar para crianças que necessitam de maior concentração e disciplina.
“As competições são o momento em que os alunos testam os conhecimentos adquiridos. Eles aprendem muito participando, desenvolvem autoconhecimento e perdem medos”, afirmou Volinski.
Projetos futuros incluem inclusão de crianças autistas
Entre os planos da FGKE está a implementação de atividades específicas para atender crianças autistas, um trabalho que será desenvolvido com metodologia diferenciada e formação especializada. A ideia surgiu após a procura de pais interessados, e Volinski já iniciou os preparativos para oferecer esse atendimento.
O evento deste sábado reforça a presença do karatê como parte do calendário esportivo local, somando-se a outras atividades de destaque no município. A expectativa é que a competição siga até o meio da tarde, dependendo do andamento das disputas. O público interessado pode comparecer a qualquer momento até as 16h para prestigiar as apresentações.
