Estudantes e comunidade cobram melhorias na residência estudantil do IFRS – Campus Sertão
- Andrei Nardi
- 17 de abr.
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Reunião com o reitor Júlio Xandro Heck foi realizada na quarta-feira (16/04) no auditório da instituição
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Sertão sediou na quarta-feira (16/04) uma reunião entre a Comissão do Movimento da Residência Estudantil e o reitor Júlio Xandro Heck, para tratar das condições de permanência dos estudantes e da estrutura da residência estudantil.
O encontro foi realizado no auditório José Leocyr Dornelles Minussi, com participação de familiares, coordenadores de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, equipe diretiva do campus, parlamentares e lideranças da região.
Reivindicações foram entregues ao reitor
Durante a reunião, foi apresentada uma lista de reivindicações do movimento, com destaque para a revisão da Portaria nº 713/2021 do Ministério da Educação (MEC), que estabelece o modelo 90/70 (90 docentes e 70 técnicos istrativos). A proposta da Comissão é reestruturar o campus para o modelo 120/90, que melhor atenderia as necessidades de uma instituição com perfil agrícola e com moradia estudantil.
O professor Odair Spenthof, coordenador do curso Técnico em Agropecuária, apresentou as demandas, em reunião conduzida pela professora Patrícia Nascimento da Silva, coordenadora do curso Técnico em Manutenção e e em Informática.
Estrutura da residência preocupa estudantes e direção
Atualmente, a residência estudantil do Campus Sertão abriga 244 alunos de mais de 120 municípios, sendo 85 meninas e 159 meninos. A coordenadora da residência, Cassiele de Barros da Luz, o coordenador do Departamento de Assistência Estudantil, Elias Camargo, e o diretor-geral, Clever Variani, relataram a necessidade de investimentos urgentes.
Variani destacou que a unidade tem enfrentado cortes orçamentários desde 2016, o que exigiu a redução de vagas e outros ajustes para manter a qualidade do atendimento.
“Desde 2016, a Instituição tem sofrido cortes sistemáticos no orçamento, o que resultou na necessidade de ajustes no número de vagas ofertadas. Tanto a gestão anterior quanto a atual têm atuado dentro das possibilidades institucionais para assegurar o funcionamento das atividades.”
“A residência não é um luxo, é uma necessidade”, afirma estudante
Em nome dos estudantes, Julie de Castro, do 3º ano do curso Técnico em Manutenção e e em Informática, reforçou a importância da moradia estudantil como ferramenta de o à educação pública:
“A residência estudantil não é um luxo, mas uma necessidade. Vivemos em um momento em que é urgente dar visibilidade às nossas demandas. Estamos afastados dos grandes centros, temos problemas de logística e a residência é a única existente no IFRS. O que fazemos aqui é real, tem valor, e precisa ser reconhecido. Somos parte viva desta Instituição e é nosso dever e nosso direito lutar por ela.”
Outras demandas e posicionamento do reitor
Entre as reivindicações, também estão:
Criação de vagas para servidores voltados à residência;
Valorização dos profissionais do setor;
Retomada das obras da Assistência Estudantil e do ambulatório, paradas desde 2022;
Ampliação da infraestrutura da moradia.
O reitor Júlio Xandro Heck apresentou os ofícios já enviados ao MEC e à Presidência da República solicitando a reclassificação do campus. Ele destacou a importância da mobilização:
“Das duas obras que eu gostaria muito de poder entregar na minha gestão no IFRS, uma delas é a ampliação da residência estudantil no Campus Sertão. Para isso, preciso de ajuda. E, com esta mobilização, vocês estão me ajudando a mostrar para a sociedade a importância dessa obra.”
Ao final da reunião, a Comissão entregou ao reitor um documento com todas as reivindicações e um abaixo-assinado. Deputados, prefeitos, vereadores e assessores presentes também manifestaram apoio e entregaram moções em defesa de mais investimentos no campus.
