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Safra de citros no RS cresce 15,4% e deve atingir 450 mil toneladas em 2024

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 13 horas
  • 3 min de leitura

Produção envolve mais de dez mil famílias em 25 mil hectares e ganha destaque com a valorização da bergamota montenegrina no Vale do Caí

A safra de citros no Rio Grande do Sul deve alcançar 450 mil toneladas em 2024, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar. O volume representa um crescimento de 15,4% em relação ao ciclo anterior, afetado pelas chuvas intensas de maio de 2024. A atividade envolve mais de dez mil famílias e cerca de 25 mil hectares de laranjas, limões e bergamotas cultivados no estado.

Com a chegada do inverno, aumenta o consumo de frutas cítricas, como a bergamota, tradicionalmente associada ao cotidiano dos gaúchos. Presente em feiras, mercados e refeições familiares, a fruta também marcou presença na celebração dos 70 anos da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar), realizada no dia 02 de junho.

Abertura da safra foi realizada em Montenegro

Vários municípios produtores de citros realizam eventos de abertura da colheita. Montenegro sediou, no dia 23 de maio, a 25ª edição da Abertura Estadual da Safra de Citros, reforçando sua posição como referência na produção de bergamotas no estado. A fruta é base para diversas receitas locais, como geleias, cucas e pudins, integrando o patrimônio alimentar regional.

Conforme explica a extensionista rural Luisa Leupolt Campos, da Emater/RS-Ascar de Montenegro, os citros se beneficiam do clima frio:

“O citro é uma cultura que se beneficia do frio, pois necessita de amplitude térmica e de um número mínimo de horas-frio para desenvolver sabor e coloração adequados.”

Ainda assim, o clima pode trazer riscos. Períodos prolongados de chuva e abafamento favorecem o surgimento de fungos e pragas. Geadas severas também são prejudiciais, especialmente para os brotos mais novos.

Manejo e prevenção de pragas

Entre os desafios fitossanitários está o Greening (HLB), doença bacteriana que causa deformações nos frutos e pode levar à morte de ramos inteiros. A Emater/RS-Ascar recomenda o uso de plantas de cobertura como prática sustentável para conservação do solo, controle de doenças e melhoria da fertilidade.

“O foco do trabalho com os citricultores é o solo, a irrigação e com a defesa sanitária vegetal. Indicamos as práticas corretas de correção de acidez e fertilidade do solo e a utilização de plantas de cobertura. Elaboramos projetos de implantação de micro açudes e irrigação para os pomares e, na defesa sanitária, orientamos sobre cuidados e manejos adequados, a fim de prevenir a entrada do Greening/HLB nos pomares e a proliferação de pragas”, detalha Luisa.

Bergamota Montenegrina representa um terço da produção estadual

A região do Vale do Caí concentra aproximadamente 33% da produção de citros do Rio Grande do Sul. Um dos principais destaques é a Bergamota Montenegrina, variedade originada de mutação espontânea identificada em 1940 por um agricultor de Montenegro. Hoje, é a segunda mais cultivada no estado, reconhecida pelo sabor adocicado e pela qualidade.

Montenegro colheu, em 2024, cerca de 60 mil toneladas da variedade, além de 5,5 mil toneladas de laranjas e 400 de limões. A área plantada no município chega a 3.330 hectares, dos quais 3 mil são dedicados à bergamota.

Com produção voltada ao mercado interno e também à exportação, a Bergamota Montenegrina se consolida como um dos principais ativos da citricultura gaúcha, impulsionando a economia local com práticas sustentáveis e qualidade reconhecida pelo consumidor.

Foto: Giovana Rodrigues, estagiária da Gerência de Comunicação da Emater/RS-Ascar
Foto: Giovana Rodrigues, estagiária da Gerência de Comunicação da Emater/RS-Ascar


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