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Bonecos bebê reborn são tema de alerta em entrevista sobre saúde mental

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Psicóloga Jordana Calcing explica no programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral, como o uso desses bonecos pode sinalizar problemas emocionais e sociais

Os bonecos bebê reborn, réplicas realistas de bebês humanos criadas artesanalmente, foram tema da entrevista com a psicóloga Jordana Calcing no programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral, nesta segunda-feira (02 de junho). Jordana abordou a crescente prática de pessoas que tratam esses bonecos como filhos reais e explicou os possíveis impactos emocionais envolvidos.

Segundo a psicóloga, o fenômeno, que existe há cerca de 20 anos como um item colecionável, ganhou novas proporções com as redes sociais.

“A partir do momento em que o boneco deixa de ser apenas um objeto e a a ocupar espaço no âmbito relacional, com investimento afetivo, ele chama atenção. Até que ponto isso é normal e a partir de quando se torna um problema de saúde mental?”, questionou.

Relações unilaterais e busca por dopamina

Jordana destacou que a popularização dos bebês reborn reflete mudanças no modo como as pessoas constroem vínculos. Segundo ela, muitos buscam relações unilaterais, que não exigem frustração ou reciprocidade.

“Esse boneco atende ao meu desejo, sem que eu precise atender à necessidade do outro”, disse. Ela lembrou que o contexto social atual, marcado pelo uso intenso de telas e redes, reforça essas tendências.

A psicóloga também comparou o fenômeno a outros comportamentos, como a criação de avatares digitais para relações afetivas, casos já considerados problemas de saúde pública em alguns países.

Risco de romantização terapêutica

Embora algumas reportagens apontem o uso do bebê reborn como recurso terapêutico em situações de luto ou perda, Jordana alerta para os riscos.

“O processo da perda é doloroso, e elaborar essa dor é essencial. Incluir um objeto que afaste a pessoa dessa conexão pode ser perigoso”, afirmou. Ela reconheceu, no entanto, que em contextos específicos, como em idosos com Alzheimer, bonecas podem funcionar como objetos de apego.

Entre delírio e busca por visibilidade

A psicóloga ainda comentou relatos de pessoas que levam os bonecos para hospitais, como se fossem crianças doentes. Para ela, esses casos exigem atenção psicológica imediata.

“Quando você sai da sua casa e começa a afetar o coletivo, levando o bebê reborn ao plantão, existe uma distorção de realidade grave”, explicou. Jordana também alertou para o papel das redes sociais, lembrando que muitos podem embarcar nessas práticas apenas para conquistar engajamento e visualizações.

A entrevista completa pode ser ouvida abaixo. Sugestões de temas para as próximas conversas podem ser enviadas pelo WhatsApp da rádio, no número (54) 99999-5810.

Escuta Aqui | 02/06/2025 - Bonecos bebê reborn são tema de alerta em entrevista sobre saúde mental

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